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sábado, 11 de agosto de 2012

Desconfiando do Pai



 Cinco horas da manhã, toca o alarme do lembrete de celular. Era meu aviso pra levantar cedo e ir a clinica de fisioterapia tratar uma tendinite chata que ganhei no joelho. Depois de chegar na clinica por duas vezes as cinco e trinta do dia e só conseguir pegar uma ficha com número alto, meu pai sugeriu ir na frente, pegar a ficha pra mim e depois vir me buscar. É que preciso ir ao estágio ainda pela manhã e, pegando uma das primeiras fichas, eu evito me atrasar.

Sofrendo da falta de coragem que costuma atacar nesse horário, decidi ficar deitada esperando que meu pai viesse me chamar pra eu ir me arrumar, como aconteceu nos outros dias antes da sua sugestão.
Meio sonolenta, comecei a ficar preocupada com a demora dele em me acordar. Me preocupei ainda mais com o silêncio que fazia na casa. Então veio a desconfiança que me tirou o sono: “Ele se esqueceu de mim! Ele nem levantou ainda!”.

O tempo ia passando, o silêncio incomodando e minhas suspeitas iam aumentando. “Como pode? Ele nem veio me chamar, vai deixar eu me atrasar?!” Comecei a ficar indignada com essa idéia. Decidi me levantar e ir lá acordar meu pai dorminhoco e lembrar a ele que tínhamos um compromisso e que o seu esquecimento iria me prejudicar. Toda cheia de razão eu dei um pulo dos lençóis quentinhos que me cobriam e fui em direção ao quarto onde meus pais dormiam. E qual não foi a minha surpresa em ver que minha mãe dormia solitária na cama. Mas onde estaria meu pai? “Deve ter ido pegar a ficha”, pensei. “Mas porque ele não voltou ainda? Já teria dado tempo de voltar”, continuei com suspeitas. Desci as escadas ainda preocupada e indignada: “Ele se esqueceu de me acordar! Se não fosse por mim eu ia me atrasar”. Ao olhar para a garagem, vi a sua moto lá. Ele certamente não tinha nem saído de casa. “Pronto, foi o arrebatamento, e eu fiquei com a mãe!” (kkk).

Tudo fez sentido depois que vi meu cartão de tratamento em cima da mesa e sobre ele a pequena fichinha branca. Eu me descabelando, me preocupando, desconfiando do meu pai, acusando ele de ter me esquecido, acordando cedo sem necessidade (hehe) e meu pai fazendo a sua caminhada matinal tranquilamente, depois de ter acordado 4h da madrugada, ido na clínica, pegado a ficha 02 (que é a mesma coisa de ser a primeira, pois a 01 é sempre do senhorzinho que entrega as fichas), voltado pra casa e estacionado a moto.
Naquele momento, senti vergonha de mim mesma. Estava suspeitando do meu pai sendo que ele já tinha providenciado minha solução enquanto eu ainda dormia. Ele só queria que eu descansasse um pouco mais e sacrificou o sono dele por isso.

 A reflexão que me veio a seguir foi instantânea. Depois de agradecer pela vida de meu pai, Deus me trouxe à lembrança o Pai celeste. Quantas vezes isso acontece conosco enquanto passamos pelos problemas e provas da vida. Ficamos tão preocupados com tudo, nos questionando onde está o nosso Pai amoroso que não nos dar a resposta de que precisamos. Só conseguimos ouvir o Seu silêncio e pensamos que Ele está ‘dormindo’. Pensamos que ele nos esqueceu. Pensamos que se esqueceu das promessas que nos fez um dia. Não conseguimos descansar e confiar em Deus. Desconfiamos da providência divina.

E isso vai nos deixando cada vez mais frustrados, mais angustiados, quando na verdade o Pai já está providenciando a solução dos nossos problemas. E ele trabalha em silêncio, pois deseja apenas que descansemos nele. Ele quer que tenhamos sonhos lindos enquanto esperamos até o dia em que nos acordará para vivermos a realidade da nossa vitória. "Aos seus amados dá (a providência) enquanto dormem" (Salmos 127: 2).

Me senti novamente envergonhada quando Deus me trouxe essa reflexão à memória. Como posso eu duvidar e suspeitar do meu Pai celeste? Jesus se sacrificou na cruz do calvário por mim e por me amar. Deus nos amou de tal maneira que deu o seu único filho para morrer por nós. Como duvidar do amor do Pai? Como duvidar de sua providência? Reconheci minhas valhas naquele momento e pedi desculpas a Deus em oração.

Precisamos aprender a confiar plenamente em Deus, mesmo que tudo esteja em silêncio. Mesmo quando não consigamos compreender as circunstâncias ou enxergar além do horizonte. O salmista diz:

“Decerto fiz calar e sossegar a minha alma; como criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, com essa criança está a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.” Salmos 131: 2,3
 Porque você está preocupado mesmo? Confie no Pai. Confiar é descansar, descansar é esperar com paciência e esperar com paciência é ter fé.

 ***

Quero aproveitar a oportunidade para desejar um 
 Feliz Dia dos Pais  
a todos os pais e filhos leitores do nosso blog.
 

Também quero agradecer a Deus pelo pai que ele me deu aqui na terra. Meu paizinho amado que Deus usa para cuidar tão bem de mim e da minha família.
Meu pai é especial (como diz minha mãe. rs) e vocês que me desculpem, mas o melhor pai do mundo é o meu! Rum! Rs.



Parabéns papais, vocês são essenciais em nossas vidas!

  


 Por Deborah Nascimento.

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