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Caucaia, Ceará, Brazil
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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mural Jovens ADC

Paz do Senhor, ungidos! Estamos estreiando hoje um espaço feito especialmente pra você. Isso mesmo, esse é o seu espaço. O mural é onde você vai participar diretamente de nosso blog, enviando palavras, poemas, músicas, fotos, testemunhos, vídeos, tudo comentado por você.
E quem estréia nosso MURAL é a Deborah Nascimento, contando seu testemunho sobre a viagem que fez a Belém-PA para participar do centenário da AD igreja-mãe.
***

Centenário: Testemunho

Não caí de paraquedas nessa viajem. Meu testemunho começa a 5 anos, quando as AD's estavam completando 95 anos. Eu estava empolgada para assistir as transmissões da festa pelo canal da igreja de Belém. Dias antes de começar as comemorações o canal ficou fora do ar e eu perdi a festa toda. Fiquei xateadada com isso e coloquei em meu coração uma vontade de participar pessoalmente das comemorações quando chegássemos na festa do centenário. Não tirei esse desejo da minha cabeça em nenhum momento. Em todos os planos que eu fazia para o futuro, incluía minha viagem para o Centenário. Simplesmente não me imaginava sem participar dessa festa. Mas até então ela estava sendo gerada somente nos meus pensamentos e no meu coração. Os anos se passavam, ela se aproximava, só que não existia nada de concreto ainda.

Quando eu acabei o ensino médio no começo de 2010, senti que era a hora de começar a agir para tornar meu sonho real. Lembro que estava mais uma vez em frente a televisão assistindo o programa da igreja em Belem com o pr. Samuel Câmara quando ele mostrava os desafios do centenário, os prédios que eles iriam construir. Ele pediu contribuições pois era uma obra de fé com muitos gastos. Eu pensei em meu coração "Senhor, quero um emprego pra que eu possa pagar minha viagem pois minha família não tem condições de pagar pra mim. No meu primeiro emprego vou enviar meu 1º salário para a igreja em Belém." Eu fiquei de ir em uma oração de jovens no sábado para "oficializar" o voto que Deus colocou em meu coração. Meus amigos se mobilizaram para ir deixar currículo no centro de Fortaleza, mas não me convidaram. Um dia antes de eles irem Deus usou minha mãe para me fazer ir tambem. Fiz meu currículo às pressas de noite e fui com eles de manhã. Poucos dias depois fui chamada para uma seleção na Riachuelo, eu e minha amiga Mariana. Eram 3 epatas antes da contratação. Nós passamos nas duas primeiras e fomos para a terceira etapa que era a entrevista mesmo. Minha amiga não passou, mas agradeço a Deus por ter feito ela ir comigo até o fim, pois me deixou mais à vontade na entrevista. Pra glória de Deus poucos dias depois, na minha primeira entrevista de emprego, antes até de eu ter ido na oração de jovens, eu já estava empregada. Cumpri com meu voto e dediquei à obra de Deus em Belém meu 1º salário. Estava muito feliz por ter essa oportunidade de juntar recursos para viajar. Depois de algums meses as coisas no trabalho começaram a complicar pra mim, então decidi sair pois tinha que me preparar para receber outra benção do céu (talvez conte em outra oportunidade) e não podia trabalhar nesse período. O fato é que agora estava sem fonte de recursos para pagar minha viagem que estava à meses de acontecer. Fiquei receiosa quanto a está saindo de um emprego dado por Deus, mas nunca perdi a fé, acreditei que Deus me daria outro emprego nem que fosse em cima da hora.Só que Ele já tinha preparado tudo para mim sem eu saber.

Em 2009 eu fiz uma prova estadual pelo colégio. Na época os diretores e coordenadores fizeram um apelo aos alunos para que levassem a prova à sério, pois ela definia a distribuição de recursos do governo estadual para as instituições e o nosso colégio não vinha obtendo bons resultados. Eles pouco falaram em premiação, o nosso esforço era pra melhoria da nota do colégio. Abracei a causa e fiz essa prova com todo o interesse. Em 2010 já nem lembrava da prova quando recebi uma ligação da minha irmã. Tinham ligado do meu ex-colégio pra minha casa, informando que eu tinha ganhado um computador por ter tirado uma boa nota naquela prova do Estado. Na mesma hora entendi do que se tratava, era Deus que estava providenciando os recursos da minha viagem. Meses depois recebi meu prêmio e conseguimos um comprador, que não atrasou uma parcela sequer no pagamento.

A minha batalha por recursos ja havia sido vencida, mas faltava outra muito importante que era conseguir alguem com quem eu viajasse. Meus pais sempre foram muito cuidadosos e não aceitaram a idéia de eu ir sozinha. Eu tinha que procurar alguma caravana pra viajar. Fiz contatos, procurei na internet mas não tinha nada em que meus pais confiassem realmente. Eu quis me preocupar quanto a meus pais não me deixarem ir, mas sabia que Deus tambem tinha preparado tudo. Depois de se esgotar todas as possibilidades em que pensamos, meus pais decidiram sair nas igrejas de Fortaleza à procura de grupos que íam para a festa. Encontraram a ir. Tamar Jorge da AD Bela Vista. Eles ficaram descançados por ela ser conhecida de nosso pastor Erivelton. Comecei o pagamento das parcelas e até na hora de ir pagar eu passava por lutas. Ainda tinha o detalhe da minha faculdade acabar bem na semana da viagem. Graças a Deus consegui passar nas disciplinas sem precisar fazer as provas desse período, que eram as provas de recuperação.

Um dia antes de viajar, comecei a ter dor de garganta e passei o dia com febre. Fiz minha mala, tomei remédio e fui dormir. Acordei sem febre, tomei banho e merendei normalmente. Quando meu pai começou a tirar o carro para ir me deixar com minha família eu comecei a me tremer toda. Entrei no carro e continuava me tremendo. Vesti os agasalhos e me enrolei da cabeça aos pés, mas não conseguia parar de me tremer. Me deu um frio tão grande que batia os dentes e contraía todos os músculos do corpo. Meus pais e minha irmã ficaram logo preocupados e me falaram que, se quando chegasse lá eu ainda tivesse daquele jeito, eu iria voltar pra casa. Eu pensei "Senhor, não cheguei até aqui para não ir em cima da hora". Minha irmã fez uma oração dentro do carro antes de chegarmos lá, e foi só chegar para a tremedeira passar e febre voltar. Tomei remédio novamente e subi no ônibus pela fé. Deus ouviu nossas orações. Para a honra e glória do Senhor eu fui, peguei até a quintura do estádio a noite, me alegrei muito no evento e não senti mais nada. Obrigada, Senhor!

Centenário: a viagem

Foi benção do começo ao fim. Já comecei a me alegrar dentro do ônibus de viagem a caminho do evento. Vi uma irmã triste que apareceu de última hora, avisando que não ía poder viajar. Mais à frente, sobe em nosso ônibus uma jovem em lágrimas, pois tinha acabado de ganhar a passagem daquela irmã que desistiu. O nome da felizarda é Meiriane, ela foi convidada de última hora e viajou só com a roupa do corpo, sem lenço nem documento. Nem teve tempo de fazer as malas, que foram trazidas no outro dia por uma irmã que veio de avião. E esse não foi o único testemunho que ouvi no ônibus. Foram vários, desde um irmão que sofreu uma acidente de moto no dia anterior à viagem e saiu ileso, até outras pessoas que também ganharam a passagem. Testemunhos de curas antes da viagem, de providências financeiras para a viagem, enfim, passamos o dia nos alegrando e contando as benção do Senhor, na ida e na volta. O ônibus ficou pequeno para a unção de Deus que desceu sobre seus passageiros. Viajava comigo pessoas de várias idades, inclusive uma senhora muito simpática de 79 anos chamada ir. Zita. Me alegrei ao ver tanta vitalidade e disposição naquela senhora.
Outro detalhe curioso da viagem foi observar as inúmeras igrejas da AD que apareciam no caminho. Como diz a canção "em cada povoado tem uma igreja, o iminigo já perdeu a peleja". Glória Deus!
Ao chegarmos em Belém, fomos contagiados. A cidade estava em festa, respirava o centenário. Por todos os lados víamos outdoors parabenizando a AD pelo aniversário e convidando para a festa.
E quão grande não foi minha alegria ao ver pela 1ª vez o Centro de Convenções do Centenário, o Elevado Daniel Berg e o Templo da Igreja-mãe das AD's. Que honra para mim transitar na Avenida Centenário e no Elevado Gunnar Vinngren.


centro de convenções Centenário

Centenário: a festa

Fico extremamente feliz em ter tido a honra de participar dessa comemoração ao centenário feito pela Igreja-mãe, tanto quanto em participar das festividades aqui na minha igreja AD Caucaia.
E foi uma festa linda do começo ao fim. O primeiro evento do qual participei foi a noite de abertura no estádio Mangueirão, dia 16 de junho. Logo ao chegar já me deparei com uma fila de pessoas para entrar. Ainda era de tarde, mas a rampa que dava acesso às arquibancadas já estava lotada. A felicidade tomava o coração das pessoas logo na entrada. Vi o estádio lotar aos poucos. E quanta animação é o povo de Deus reunido! O estádio cantava, batia palmas e fazia a hola enquanto aguardava o início do evento.
Algumas cantores se apresentaram e teve inicío à contagem regressiva no telão, acompanhada em coro por 60 mil pessoas. É indiscritível a sensação de está presente alí. A coreografia de abertura foi muito bem preparada. Encenava a chegada dos missionários em Belém -PA ao som de "Avante vai!", uma das músicas oficiais. Filmei um começo da abertura que foi apresentada no segundo dia.




E a coreografia não parava por aqui. Logo em seguida, ouvio-se no estádio a voz de Gunnar Vingren atravéz de trechos da entrevista que ele deu contando a história da chegada. Eles formaram um imenso mapa do Brasil e encenaram a chegada de cada um dos pioneiros nos estados. Os primeiros, Daniel e Gunnar, chegaram em um mini navio atravessando o oceano, que também foi representado por muitas pessoas. Um detalhe interessante é que, quando eles anunciavam o estado e o ano em que a AD chegou por lá, se acendiam no chão uma listra vermelha que saia do Pará e ía até o estado em questão. O fogo se espalhava pela nação.
Momento lindo em que as caravanas vindas de todas as parte do país aproveitavam para vibrar quando anunciavam seu estado. Depois que o fogo chegava em todos os estados, descia uma imensa bandeira do Brasil na arquibancada enquanto cantávamos o hino nacional. A festa foi abrilantada pelos fogos de artifícil, que nos lembraram a explosão de alegria do nosso coração. Outra surpresa da noite foi a pregação, que ficou a cargo de uma mulher, para reconhecer a importância femenina no ministério.


Só Deus sabe como nos sentíamos alí participando daquele momento único e inesquecível. Vibro até hoje só de lembrar. Lembro também da hora em que saí do estádio. Tinha muitas pessoas saindo de uma vez só e a rampa ficou lotada, apertada em alguns pontos. Comecei a cantar meio que brincado o hino da harpa que diz "tantos como a areia da praia, tantos como a areia do mar". A irmã que estava comigo me acompanhou e outras pessoas ao lado também. Outro momento para não esquecer.

No dia 17 de junho, pela manhã, fui ao Centro de Convenções participar de mais um culto do evento. Foram muitas apresentações, de orquestras e corais, bandas formadas por irmãs, cantores. Ouvimos uma pregação feita pelo pr. Marcos Feliciano. Ao final da pregação ele louvou a Deus com o hino Além do rio azul, outro momento em que sentimos a unção descendo naquele lugar. Outro pastor americano também fez uma pregação. Mas o que marcou mesmo aquela manhã foi a "invasão" promovida pelos pastores da AD Madureira. Em meio às divergências geradas com a convensão, o pr. Abner Ferreira no trouxe uma reflexão quando lembrou que "A única igreja mãe das AD's no Brasil é a igreja AD em Belém do PA, o resto é tudo filha da mãe", convidando todos a reconhecer a importância da igreja naquela localidade.


À noite houve mais um culto no estádio Mangueirão, em que o pregador da noite foi o pr. Silas Malafaia, trazendo uma palavra abençoada de exortação a igreja AD.

No dia 18 de junho participei de mais um evento matutino. Foi a encenação da chegada dos pioneiros, que aconteceu na Escadinha. Atores vinheram em um navio e desembarcaram em meio a centenas de espectadores. Também fiz uma filmagem desse evento.



Seguiram dalí para uma carreata que reunio cerca de 5 mil veículos, passando pela trajetória feita pelos missionários.


A última noite do evento (18/06) no Mangueirão não poderia ser mais especial. Levei um susto logo ao chegar. Mal passei pela catraca do estádio e já vi uma multidão de gente descendo a rampa, não havia dúvidas de que os portões das arquibancadas já tinha sido fechados. Mas ainda restava o gramado, pios na noite anterior ele foi liberado para o público. O grupo com o qual eu estava ficou receioso de tentar entrar, já que a multidão era grande e tinha pessoas correndo. Eu queria entrar de qualquer jeito, pensei "Senhor, não vim até aqui para não conseguir entrar no último dia, eu não aceito isso, tua benção é completa." Finalmente o grupo decidiu entrar e seguimos a multidão. Arrudiamos o estádio até chegarmos a um local que parecia não ter saída. A multidão gritava "abre, abre, abre". Eu continuava inconformada com a idéia de perder o último dia de evento. Não havia desistido no meu coração e continuava pedindo ao Senhor para conseguir entrar. Foi quando um irmão da organização subiu no murro e começou a apontar para continuarmos andando. Ele mostrava um portão que era pequeno para tantas pessoas tentando passar ao mesmo tempo. Como cearense tem bom humor, lembrávamos que a porta do céu é mais estreita. Foi difícil passar por alí, mas nada se comparou ao aperto que foi passar pelo portão de acesso ao gramado. Me assustei com o grito que a menina do meu lado soltou após ter estremido a mão no meu braço. Quando finalmente conseguimos, entramos no gramado pulando. E que cena linda ver aquele estádio em uma visão pamorâmica das arquibancadas lotadas. Teve uma hora do evento em que o pr. Samuel Câmara pediu para todos se ajoelharem para orar. Me ajoelhei no gramado do estádio e não contive as lágrimas. A irmã Mara Lima entrou logo depois cantando "se eu orar, o céu vai mover. Se eu orar, Deus vai responder", eu simplismente não conseguia parar de chorar enquanto olhava aquele estádio e agradecia a Deus por ter está presente naquele lugar. Meus olhos se enchem de lágrimas só de lembrar.


Agradeço mais uma vez a Deus por essa vitória que ele me deu mesmo sem eu merecer. Espero que os amados irmãos se alegrem comigo. Gostaria de dizer que, se você tem pedido algo a Deus, confie e descance nele e jamás perca a fé, pois servimos ao Deus dos impossíveis. Podemos tudo Naquele que nos fortalece. Obrigada, Senhor!

4 comentários:

John lennon disse...

Que materia Show...amei muito...!!!Ho glória...!Ainda to ate agora emcionado!!!Haleluya...qria ter ido mais tudo bem! Obrigado Deborah por trazer ate a nos um pedacinho do que foi esta festa Gigantesca no Pará!Apsj!

Abraão disse...

Deborah linda materia!!!!
Lindo lugar, lindas fotos
Espero que depois do acampamento e da passeata tenhamos o nosso mural recheado

Deborah Nascimento disse...

Obrigada gente. fico extremamente feliz por se alegrarem comigo.

John Lennon disse...

É verdade...!Muitas Reportagensss!!!Muitas Fotos, muitas Histórias!!Eitah papai!